sábado, 17 de julho de 2010

Reflexões individualistas

Eu sei que não cumpri o que prometi, não voltei a escrever no blog. Não tenho nenhuma desculpa dessa vez, aliás, chega de desculpas furadas, acho que é mais sincero dessa forma, prefiro agora falar que não escrevi porque não tinha saco para escrever, é mais honesto e mais “eu”.

Então é isso, não postei porque não quis! Então, se vocês enchem o saco, me pressionando, saibam que eu não funciono sob pressão em determinadas situações, no entanto essa não é uma delas, bom pra vocês (?) que vão ler as besteiras que eu vou escrever aqui.

Tem dias que eu acordo e penso “porra, acho que hoje eu vou escrever no blog” e logo vem à minha mente um milhão de temas sobre o que escrever, mas na hora de sentar na frente do PC para digitar, nada sai. Sabem por quê? Um real para quem acertar...

Porque não adianta fazer algo tão não espontâneo, eu preciso sentar na frente desse PC e escrever o que eu quero, na hora que eu quero, sobre o que veio na minha cabeça naquele momento, é assim que funciona pra mim. Eu sei que às vezes aquela baboseira “mimimi” sentimental vaza e acaba atingindo os olhos dos queridos leitores, perdão por isso, eu permito que vocês dêem skip nessa parte do texto e passem pra parte que eu xingo o mundo, falo palavrão pra caralho e indico música pra vocês ouvirem.

O post de hoje é sobre como eu não consigo lidar bem com as coisas que eu desejo e sobre como as pessoas não devem fazer coisas para agradar a terceiros. Então, se você não ta a fim de ler sobre essas merdas acima, então pule e vá pro final, que é o melhor que você faz. Se você mesmo assim ainda está lendo, parabéns! Aperte os cintos vamos ver o que diabos eu vou falar agora sobre os assuntos acima.

Nos últimos meses muita coisa aconteceu, coisas que eu não esperava que acontecessem tão rapidamente, levando a minha vida a outro patamar inesperado: namoro acabou, amizades foram perdidas, entrei de férias da UFRN, voltei a falar com algumas pessoas que há muito nem via, voltei com meu namoro, perdi várias chances de encarar uma “nova” vida, deixei de lado, mais uma vez, pessoas que são importantes pra mim, tudo para esperar mais um pouco... Eu gosto de encher a boca pra falar “o tempo resolve muita coisa”.

Mas, porra, ultimamente o relógio tem estado meio parado. Sei que vão aparecer novamente algumas pessoas dizendo “Por que você quer acelerar sua vida? Você deveria querer curtir ela integralmente, cada segundinho, porque a vida é boa!”. Caro(a), amigo(a), geralmente sou eu que cuspo essas merdas de auto-ajuda nas pessoas, quando elas precisam, eu conheço muito bem o discurso de “vamos aproveitar a vida, yeah!”, mas não é sobre isso que eu estou falando.

Há muito tempo eu tenho esperado que algumas coisas aconteçam, eu implorei pra que elas acontecessem, que isso tudo mudasse, que eu voltasse a sorrir feito um retardado como eu costumava fazer, quando eu não tinha que levantar o peso do mundo (exagero detected) nas minhas costas, quando eu não tinha que resolver minhas merdas e as merdas dos outros.

Ok, essa última parte é falsa, eu sempre fiz isso.

Nunca gostei de ser o líder dos Power rangers, sempre achei que aquele collant vermelho não combinava comigo e que isso me estressava e adivinha?! Estressa sim! Pra caralho... Mas mesmo assim, é melhor encarar o estresse do que viver apagado, a custa dos outros, sendo rolado de um lado pro outro, como uma bola, assim como estava acontecendo ultimamente. Eu tomei de volta as rédeas da minha vida, vou aceitar que eu vou me fuder muito ainda, mas que tudo isso faz parte do que eu sou.

Certo, estou fugindo do assunto de novo, eu estava falando de como eu queria algumas coisas, queria que algumas coisas acontecessem e voltassem a acontecer. Sinto falta das minhas amizades de 3 anos atrás, quando tudo era muito retardado, tudo era engraçado, eu usava boné vermelho levantado pra cima, feito um marginal, tinha uma banda de garagem com os melhores amigos, coisas aconteciam inesperadamente, mas diferente do que acontece hoje em dia, elas eram boas.

Não gosto de aceitar que essas coisas não vão voltar. EU QUERO que elas voltem, mas meus esforços unilaterais não têm dado resultado: eu falo, eu peço, eu brigo, mas as coisas continuam paradas feito um pinto broxa de um velho de 95 anos.

Então, a mensagem (todo blog desse tipo tem que ter mensagem, está no contrato com o site) é: não deixe as coisas passarem na sua frente sem você fazer nada. Não deixem elas partirem. Num futuro bem próximo você sentirá falta e irá correr atrás, e essas coisas não vão voltar.

Minha incapacidade de lutar pelo o que eu quero agora com receio de machucar à terceiros é o gatilho que me levou a escrever sobre o segundo tema: o desejo quase sexual das pessoas em querer agradar aos outros.

Primeiramente, antes de você sequer raciocinar e pensar sobre o que eu vou falar: PARE COM ESSA MERDA AGORA MESMO!

Deixa de ser retardado.

Eu já estive nesse caminho, e às vezes (muitas vezes), eu continuo fazendo isso inconscientemente e continuo botando outros à minha frente, com medo de perder amigos, de fazê-los tristes, mas o que eu não percebo é que eu me fodo muito mais do que eles para tirar o peso das costas deles. Não dá pra fazer isso sempre, então, para sua própria saúde, pare de dizer “sim” a tudo que é ruim, pare de aceitar calado coisas que você não gostaria de fazer, comece a pensar em si mesmo.

“Caramba Arthur, tem uma festa que eu preciso ir urgentemente, mas eu to sem grana, me empresta 20 reais?”

Depois o buraco fica na minha conta bancária, faz falta no final do mês e quem tem que ser virar pra cobrir isso sou eu. Acham que eu sou o que?! Filho de papai? Meu pai não é dono de porra nenhuma, eu não sou caixa eletrônico! Se você quer dinheiro a partir de agora, filho da puta, então vá trabalhar, vagabundo!

Estou sendo muito duro?!

Foi mal, mas é porque eu não agüento mais ver as pessoas se ferrarem pra agradar aos outros! Peguem a droga do meu exemplo e façam disso o seu exemplo para que vocês não cometam o mesmo erro que eu.

“Arthur, tem uns caras querendo bater em mim, você pode ficar comigo um pouco, to com medo de sair só...”

Ah, porra! Deixa de ser marica! Foi você que arrumou a porra da briga e sou eu que me ferro?! Sou eu que vou apanhar depois?! O que você fez por mim?!

Ou então...

“Arthur, tem uma mina que eu to muito a fim dela... Tem como você falar com ela?”

PARA TUDO!

Porra, quem vai pegar a mina?! Sou eu você?!

Levanta essa bunda gorda dessa cadeira e vai viver, caramba! Para de depender dos outros... Isso é uma coisa que eu não aceito! Eu não agüento pedir coisas pras pessoas, prefiro sofrer calado, estar morrendo de dor do que pedir algo pra alguém que mal conheço, ou que eu sei que não confio.

Outro dia foi Nathalia que disse pra mim às 22h, quando eu tava na casa de um amigo “vamos sair com a gente amor, o namorado de fulana te pega e te traz aqui”. Resposta: NÃO! Eu não conheço fulano, não ando com quem não conheço e muito menos pego carona dessa forma! Imagina aquele delicioso silêncio dentro do carro... Sabe o que é isso?! Um estranho pegando carona com estranho!

Ah, você não é assim?! Você é do tipo que pede tudo pros “amigos”, mas que na hora de retornar os favores não o faz?!

Vá tomar no cú (com acento, mesmo _|_)!

Quer dizer que eu tenho que amar, cuidar, por nas mãos, tratar como príncipe/princesa, não magoar, fazer tudo que pedem, emprestar dinheiro, dar minha alma, vender minha casa, dar meu sangue, mas você não pode fazer nada por mim?! Você não consegue nem chegar perto de mim e perguntar “ta tudo bem? Precisa de alguma coisa? Quer conversar?”. É muita sacanagem.

Ah...! E eu mencionei que quando dizemos não pra pessoas desse tipo elas dizem por trás de nós coisas como “Aquele mesquinho nunca faz nada que eu quero/nunca me ajuda/nunca me empresta dinheiro”. Ah, velho... Pro inferno com tudo isso.

Lembra do que eu falei agora a pouco, sobre como eu não me dou bem com meus desejos? Com as coisas que eu realmente quero nesse instante mesmo? É tudo culpa disso! Desse comportamento auto-destrutivo que põe os outros em primeiro lugar.

Nunca mais.

A partir de agora, o que eu quiser, eu vou atrás, se isso me fizer feliz, mas magoar outra pessoa, paciência, eu sei que você faria o mesmo.

Sei que somos seres individualistas, numa sociedade individualista e que esse pensamento segue o mesmo padrão, mas se for pra ser feliz, então eu vou encarar esse individualismo, porque eu não agüento mais ouvir as pessoas falando de mim, da minha vida, sobre o que eu sou ou como sou se ninguém vive minha vida, se ninguém mesmo pode escutar.

Vamos, calce meus sapatos pelo menos uma vez e veja o que eu vivo, como eu sou, daí você pode me chamar do que quiser.

Não deixem eles falarem do que quiserem, sem saber. Não deixe de alcançar seus desejos, abrindo mão deles para agradar a outros. Pense um pouco em você e veja o que há de errado nessa confusão toda que é a vida. Tente organizá-la antes de querer agradar aos outros.

Bem...

Finalizando, eu quero indicar um CD que ouvi e uma banda “nova” que descobri essa semana: O CD do Eminem, o Recovery, está muito bom, para quem gosta do estilo... Shady is back com suas letras que falam de sua vida, seus problemas, mas que poderia muito bem ser a trilha sonora de sua vida. Buckcherry é o nome da banda de Hard Rock que foi indicada ao Grammy de 1995 e, entre seus maiores sucessos, destaco Sorry, Next 2 You e Crazy Bitch. Curtam no volume máximo!

Obrigado pra vocês, que entram nesse blog abandonado de vez em quando, para ver se eu postei algo novo! Como sempre, vou prometer ficar mais presente, mas duvido muito!

Fiquem ligados!

ArthurR