domingo, 19 de dezembro de 2010

Destino?

Eu quero falar hoje sobre o destino.

Há tempos prego que o destino não existe, é uma ficção criada para controlar o que somos capazes ou não de conseguir. Costumo dizer que o destino somos nós que escolhemos. Que somos nós que conduzimos nossos próprios quereres.

Mas... Por que, sinceramente, eu costumo falar isso?

Antes de qualquer coisa, quero dizer que não acredito no velho e bom “se Deus quiser” ou mesmo no “se o destino permitir...”!

Não!

Sinceramente, tenho horror a isso. Nada contra a religião, nada contra o Deus que você invoca para autorizar esse seu pedido, mas eu realmente preciso acreditar que somos independentes de um ser superior.

Tenho que ter em mente que o que faço ou deixo de fazer modifica meu passado, é o meu presente e promove uma diversificação intensa nos caminhos que o futuro irá me propor. Aliás, que eu irei propor a mim mesmo.

Se fosse pra seguir um destino traçado, provavelmente hoje eu seria muito infeliz.

Talvez nem vivo eu estivesse.

Quem sabe estaria perdido por aí.

Mas não, eu não o fiz. Sabem por que?

Porque as escolhas que eu faço mudam constantemente o que irei me tornar.

Certa vez, quando iniciei um dos meus namoros, ouvi um amigo me dizer que o mesmo não iria durar muito, pois éramos feito água e azeite. Deu-me uma semana pra que acabasse.

Eu a amei como nunca, com todo o coração, e passei meses com ela.

Eventualmente acabou, mas não me senti um perdedor, pelo contrário. Saí vitorioso, pois a experiência me foi fundamental, com toda certeza.

Não gosto de entrar em nenhum jogo para perder, acho que ninguém gosta, não é mesmo?

Tem gente que espera sempre o melhor dos outros, sempre querendo ver o lado bom das coisas, no entanto, uma qualidade admirável em uma pessoa é a capacidade de planejar à frente e tentar enxergar o lado ruim dessas mesmas coisas.

Nada é perfeito. Aliás, como os mais chegados sabem, eu penso que a perfeição é enjoativa.

Não existe o “Mr. Nice Guy”. Todos somos podres. Carregamos segredos conosco. Levamos nas costas nossas dores e pesares.

Sempre de cabeça erguida, é claro.

A vida não pode dominar você. Você TEM de comandá-la. Assumir riscos. Calcular distâncias. Lançar-se sobre o inesperado.

Existe uma mensagem em tudo isso: é claro que perdemos coisas preciosas no caminho.

Perdemos amigos.

Perdemos amores que poderiam ser os últimos.

Perdemos familiares.

Perdemos mesmo a possibilidade de conhecer o desconhecido.

Perdemos, muitas vezes, a própria vida.

Mas, o que seria tudo isso sem riscos a correr?

Parece clichê (e é!), mas a vida é curta e é só uma!

Então, pra que perder tempo?

Convido vocês, meus amigos, a repensarem suas vidas nesse momento:

Você está satisfeito com o que tem feito? Tuas metas são mesmo essas?

Como tem tratado aqueles que te amam e que se preocupam com você (são os únicos que valem à pena, o resto pode ser descartado!)?

Tem bebido de mais? De menos, quem sabe?

Tem fumado de mais? Se sim, já pensou em parar?

Tem brigado muito e se estressado de mais com o namorado(a)/ficante? Isso é realmente necessário? Já parou pra pensar que relacionamentos desse tipo só te tornam uma pessoa mais amarga e distante do resto do mundo?

Tem estudado o bastante? Dedicado à sua vida intelectual tanto tempo quanto dedica à boemia semanal?

Tem feito novas amizades? Se não, por que não começar uma nova agora mesmo?

Tem transado com qualquer um? Lembre-se que a fama precede o caráter.

Tem cultivado muito ódio em seu coração? Já tentou embarcar em uma nova paixão?

Tem viajado o suficiente, visto novas paisagens e novos ambientes?

Tem amado de mais? Já pensou em dar um tempo pra diluir um pouco esse sentimento de necessidade?

Essas e tantas outras perguntas têm de ser feitas de tempos em tempos a nós mesmos. A autocrítica é o melhor caminho para uma vida deliciosa.

E se as coisas não estiverem indo como deveriam, por que não levantar e lutar pelo o que quer?

Bata o pé! Diga um basta! Soque, chute, morda! Defenda com unhas e dentes aquilo que quer ou que sonha!

Ou melhor...

O que sonha não, pois sonhos não existem. Desejos existem. Alguns mais próximos e outros mais distantes, mas devemos ter em mente que temos duas pernas e dois braços pra buscar aquilo que queremos. Existem pessoas que não tem, que não são “perfeitas” (o que é essa perfeição que tanto falam por aí, mesmo?), e não permitem que suas crenças limitantes controlem suas vidas como você faz.

Crenças limitantes...

Livre-se delas! Urgentemente!

Nada deve prender seus pés ao chão quando se fala de viver.

“Ah, eu não sou capaz...” ou “Ah, eu acho que não vou conseguir...” são sentenças que não deveriam passar por sua cabeça.

Eu quero.

Eu posso.

Eu consigo.

Não falo aqui em atropelar ninguém no caminho. É importante respeitar o outro. Não se deixar levar pelas merdas que se fala nas esquinas.

Como já disse, desafios existem. Mas ao mesmo tempo em que eles existem, somos capazes de vencê-los e de sair desses embates fortalecidos, correto?

Há tempos quero fazer uma mudança como essa. Jogar fora o peso excessivo que carrego em meus ombros. Lançar-me a novos mares nunca antes navegados. Por que não começar essa noite, que o vento está tão favorável e as estrelas estão brilhando para iluminar o caminho certo?

É por isso que não acredito em destino: se a minha vida está uma merda, por que não mudá-la totalmente?

Ora, eu posso!

Faz parte da minha liberdade. Faz parte de quem sou. Do que eu posso vir a ser.

Minha última dica é: confie mais em si.

Escute os seus pensamentos.

Aja mais por impulso.

Viva mais intensamente.

Você vai ver como o desafio do “conhecer o novo” vai te estimular a permanecer no jogo.

Para vencer.

Falo com vocês em breve,

ArthurR