segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O pior dia do ano.

Dia 02/11/2010. Hoje é um post muito especial. Não pelo fato de ser meu aniversário, mas muito mais pelo que ele significou hoje (e significará).

Sem meias palavras, quero logo anunciar que considero o dia de hoje como o pior dia do ano.

Por quê?

Bem...

Muitos esperam por esse dia ansiosamente, no entanto, eu costumo ficar indiferente.

Passaram-se os anos em que eu contava os segundos pra dar 00h, esperava os bonecos que ganharia (odiava ganhar roupas, assim como todo criança) e fazia questão de receber muitos recados pelo orkut e mensagens pelo celular. Hoje não espero mais presentes. Nem recados. Eu cresci.

E gosto de pensar que não estagnei.

Eu sigo em frente. O passado é importante, afinal, somos seres repletos de memórias. Isso está vinculado ao nosso ser, no entanto, acredito que esse dia não é o melhor dia para cultuá-las.

Memórias devem ser guardadas e conservadas in natura e, convenhamos, esse dia distorce imagens e concepções pelo calor do momento.

Passei o dia hoje com alguns dos poucos amigos que prezo e cuja amizade nunca quero perder. Quero agradecer de coração a essas pessoas (outros tantos ainda poderão comemorar comigo em outras ocasiões).

Vimos o pôr-do-sol na praia juntos, bebemos e conversamos e, para mim, tudo foi natural. Essa é a melhor comemoração que podia existir.

Nada de gala.

Nada de luxo.

Nada de falsidade.

Tudo que espero de um aniversário é que as pessoas que realmente importam pra mim, e pra quem eu realmente significo alguma coisa, me liguem. Ou de outra forma deixem suas felicitações. Mas isso não é tudo.

Minha maior alegria é ver e sentir o carinho das pessoas. Ser amado. Ser querido.

Penso que os anos me levaram bons amigos, mas que, ao mesmo tempo, fortaleceram laços ainda maiores e mais resistentes. Juntos, sinto-me protegido.

Meu maior presente é a convivência dessas pessoas. É a presença delas: o fato de nunca ser esquecido, de ser sempre querido, lembrado... isso me deixa alegre todos os dias.

Uma pequena mensagem. Um telefonema. Um aceno de dentro do ônibus.

Vale tudo.

Desprezo aqueles que virão me desejar parabéns por orkut, sendo que por muito tempo não trocaram um “oi” comigo.

Desprezo as mensagens daqueles (e daquelas!) que me deixaram de lado e me trocaram como pano velho (Eu não sou brinquedo de ninguém!).

Desprezo ainda aqueles que nem ao menos tentaram,

Sim, essa seria uma ótima oportunidade para se reatar uma amizade.

No entanto, o orgulho vence.

Se aproximar de alguém distante torna-se uma barreira intransponível, porém eu vejo que qualquer um pode atravessá-la.

Esse é o pior dia do ano por saber justamente quem são meus amigos de verdade. Por conhecê-los.

Sei que a mentira de muitos só deixam esse dia pior.

Tudo seria tão melhor se ao invés de um “parabéns, muitos anos de vida” esse alguém preferisse o silêncio.

Eu não estou contando parabéns. Muito menos isso é um leilão para minha amizade. Meu coração não pode ser loteado.

Odeio ainda esse dia pela atitude descompromissada de muitos que me trocaram por outros e agora já não são mais os mesmos.

E o pior é cara de pau de voltar, me felicitar e ainda dizer “eu te amo” ou mesmo “desejo tudo de bom” sem nem ao menos se comprometerem verdadeiramente com essas palavras.

Novamente, silêncio teria sido bem melhor.

Por fim, quero agradecer aqueles que me acompanharam, que dividiram comigo alegrias, dores, carinhos, momentos de indecisões, momentos de vitórias.

Vocês são meu mundo.

Desculpa por muitas vezes ser grosso ou duro de mais, mas espero que entendam que cuido de cada um de vocês como se fossem de minha própria família. Vocês deixam marcas em mim, assim como espero conseguir deixar minha pequena marca em vocês.

Espero todos vocês, amigos de verdade, em minha grande comemoração chamada vida.

Estejam comigo até o sopro final, pois saibam que de minha parte, estarei sempre com vocês.

Um abraço,

Obrigado pelas felicitações verdadeiras,

Arthur