quinta-feira, 5 de maio de 2011

No more Mr. Nice Guy!

Esses dias que passaram em que eu fiquei ausente foram dias realmente estranhos. Não estranhos de uma forma bizarra ou chata, apenas diferentes. Especiais, talvez. Desafiadores.

Eu digo isso porque, talvez pela primeira vez, me dei conta que o tempo está me pregando peças.

Me sinto enganado pelo meu próprio corpo, pelo meu relógio. Ah! Esquece, não tenho relógio... Ok, péssima piada.

Vejo-me mudando. Percebo que adquiri conhecimentos que eu não tinha há alguns meses atrás. Olho ao meu redor e vejo as pessoas envelhecerem. Desvantagens de sermos mortais, talvez. Há quem veja como uma vantagem. Eu tendo a concordar. Ou discordar. Não sei. Agora não é realmente o momento pra pensar nisso…

O fato é que eu passei a ver as coisas com olhos diferentes. Nada parece mais estar no lugar correto. Percebo quantas vezes nos últimos meses eu fui um verdadeiro idiota, ou de acordo com minhas tendências auto-destrutivas (minha tendência bomba-relógio, como diria um amigo próximo!), me deixei levar pela maré de eventos, me tornando aquilo que jurei não me tornar. Uma sombra de mim

Divagações individualistas, eu sei, mas estou chegando ao prato principal.

A questão é que com o abalo que deixou meu mundo de ponta-à-cabeça veio a ressaca. Percebo que nada é mais como um dia foi. Estamos realmente rodeados de pessoas que tem, como missão de vida, destruir as nossas! Porra, a luta nem sempre é justa, mas ela existe, independente de você se dispor a lutá-la. E o pior: se você não o faz essas pessoas nos derrubam, nos fazem comer areia e nos tratam como vadias baratas.

A vida não é justa, quem disse mesmo que era?

Não importa, eu só sei que quero realmente voltar a ser o que já fui.

Uma hora você parece estar viajando, outra hora você é puxado pelos pés, forçado a acordar do sonho e viver a vida real. Pés no chão. Cabeça erguida.

Mais um dia pela frente.

Merda, eu só quero ser eu mesmo novamente, vendo a vida através daquele véu que deixava tudo mais bonito, como se um conto de fadas estivesse em ação! Mas não adianta, realmente não adianta. Eu estou de quatro, como uma vadia barata, admito.

Caído, mas sem perder a luta, eu diria.

Da mesma forma que perdi a noção do agora e passei a enxergar esse mundo de outra forma, eu ganhei novas armas, poderosas, para continuar nele.

Percebi que nem sempre você pode ser o “Mr. Nice Guy”. Aliás, você não vai querer seguir esse caminho, meu amigo. Palavra de quem conhece as consequências. Não é nada bonito.

Entendi ainda que você tem que estar sempre preparado para uma situação abrupta onde você vai se ver de frente com a morte. Uma velha companheira, eu sei. Sempre presente, de olho no que é dela. “A” inevitável. Um dia desses vou estar junto com ela, ora, todos estaremos! Nesse dia, vou aproveitar pra tomar um trago com a última mulher que flertarei na vida.

Ah, não esqueça das palavras! Essas sim são as maiores armas. Palavras que defendem, mas que também cortam como navalhas. Palavras que não voltam. Palavras que ficam no ar. Palavras que se repetem, que se proliferam.

Um “eu bem que te disse” vale mais do que milhões de livros de auto-ajuda. Um “foda-se” é mais forte que uma bomba atômica. Um “eu te amo”, mais sincero que um tratado de paz.

Mas o que eu entendo, não é mesmo? Sou só mais um estranho no ninho, flutuando nesse novo mundo.

Até que vem um novo terremoto. Uma nova ressaca.

Novamente você se depara com um mundo novo, tudo mudou de novo.

Lá vamos mais uma vez… Lutando para não se tornar uma sombra em um mundo tão escuro e selvagem.

2 comentários:

  1. Lindo! Calmo e lindo!

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  2. Como eu disse, o post foi lindo!!
    Acho que se muitas pessoas que estão prestes a passar para outra fase da vida delas lê-se dariam mais valor a cada dia delas, por que você só descobre o que é pressão e o que é vida a partir de um certo momento e é triste não ter essa experiência antes de se tocar que tudo já passou...

    Não sou vadia, não, viu?!! Kkkk
    Mas como você disse, roubei seu s2... E você o meu. Teamoo, nego!

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